A Síndrome de Burnout é também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, e remete a uma doença psicológica em que a pessoa sofre com um alto estresse ocupacional crônico, que se manifesta como uma exaustão emocional, despersonalização e diminuição do desempenho no trabalho.
A síndrome é agora amplamente reconhecida como um problema de saúde ocupacional sério e que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Assim, entender sobre o assunto pode auxiliar em um tratamento precoce e antecipação a quadros mais graves.
Por isso, neste artigo vamos falar sobre todos os aspectos principais da Síndrome do Esgotamento: suas causas, sintomas e tratamentos. Continue a leitura e confira!
Um pouco sobre a história da Síndrome do Esgotamento
A primeira identificação da Síndrome de Burnout ocorreu na década de 1970 por Herbert Freudenberger, um psicanalista e médico alemão que trabalhava em uma clínica de tratamento de dependentes químicos em Nova York.
Na época, Freudenberger observou que muitos dos seus colegas de trabalho estavam sofrendo de exaustão emocional e despersonalização, além de apresentarem estar cada vez mais cínicos em relação aos pacientes.
Inicialmente, Freudenberger chamou a condição de “síndrome de esgotamento profissional”, mas foi Christina Maslach, uma psicóloga social da Universidade da Califórnia, que em 1976 criou o termo “burnout”. Maslach desenvolveu um instrumento de avaliação para a Síndrome de Burnout e é considerada uma das principais autoridades no assunto.
Desde então, a Síndrome de Burnout tem sido estudada e discutida em todo o mundo, com pesquisas realizadas em várias áreas, incluindo saúde, educação, assistência social, policiamento e muitas outras profissões que envolvem altas demandas emocionais.
Quais as profissões mais atingidas pela Síndrome de Burnout?
A Síndrome de Burnout pode atingir qualquer pessoa em qualquer cargo ou profissão, mas existem algumas áreas em que os profissionais têm maior risco de desenvolver a condição devido à natureza do trabalho e demandas emocionais e psicológicas envolvidas.
Veja as principais:
- Saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, que trabalham por longas horas e lidam com pacientes estressados.
- Educação: professores e educadores que precisam lidar com alunos indisciplinados, pressão por resultados e responsabilidade de moldar a vida daqueles jovens.
- Assistência Social: profissionais que trabalham com clientes em situações difíceis, como o abuso infantil e violência doméstica, por exemplo.
- Segurança pública: policiais e bombeiros ficam expostos a situações traumáticas, de risco e estressantes, além de cumprirem turnos longos.
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- Tecnologia: desenvolvedores e outros profissionais da área de T.I. lidam diariamente com a pressão de prazos curtos de entrega e longos turnos de trabalho.
- Essas são as principais áreas em que os profissionais estão suscetíveis à Síndrome de Burnout, mas qualquer profissão que envolva altas demandas emocionais e psicológicas, e que não ofereça suporte adequado, pode levar ao desenvolvimento da patologia.
6 causas principais da Síndrome de Burnout
A Síndrome de Burnout é causada por uma combinação de fatores relacionados ao trabalho, ao ambiente e à pessoa. Algumas das principais causas incluem:
1. Sobrecarga de trabalho
Quando os prazos são muito apertados ou o volume de trabalho a ser executado é muito alto ou o profissional se sente sobrecarregado com responsabilidades adicionais, isso pode levar ao estresse crônico e, consequentemente, à Síndrome de Burnout.
2. Falta de autonomia e controle
Trabalhadores sem autonomia para tomar decisões em relação às suas tarefas e responsabilidades, ou que não têm controle sobre o ritmo ou o ambiente de trabalho, podem se sentir impotentes e estressados, levando ao Burnout.
3. Ambiente de trabalho tóxico
Um ambiente de trabalho hostil, com falta de suporte dos colegas e da gerência, pode causar estresse e isolamento, levando à Síndrome de Burnout.
4. Conflito de valores
Quando um profissional se sente em desacordo com os valores da empresa ou com o propósito do trabalho, pode levar a sentimentos de frustração, desengajamento e Burnout.
5. Personalidade e características individuais
Algumas pessoas podem ser mais propensas a ter o Burnout devido à sua personalidade, como a tendência a ser perfeccionista, autoexigente ou sensível ao estresse.
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6. Falta de equilíbrio
Quando a vida profissional e pessoal se misturam e a pessoa não tem tempo suficiente para cuidar de sua saúde, família, amigos ou hobbies, pode levar à exaustão e Burnout.
Quais os sintomas desta condição?
Os sintomas podem ser variados de acordo com cada pessoa e seu quadro clínico individual, mas de forma geral, os principais sintomas de quem sofre com a Síndrome de Burnout são:
- Exaustão física e emocional: sentimento constante de cansaço, esgotamento e falta de energia, tanto física quanto emocional.
- Despersonalização: sentir-se desapegado, cínico ou desumanizado em relação ao trabalho, colegas de trabalho ou clientes.
- Diminuição do desempenho: ter dificuldade em se concentrar, ser menos produtivo, cometer erros e ter um desempenho geral inferior ao esperado.
- Sentimentos de ineficácia: sentimento de incompetência, inutilidade ou incapacidade de cumprir suas tarefas e responsabilidades.
- Isolamento social: criar um sistema de isolamento, tornando-se solitário e afastando dos colegas de trabalho, amigos e familiares.
- Mudanças de humor: irritação, impaciência, frustração, tristeza ou ansiedade com muita frequência.
- Problemas de saúde física: dores de cabeça, dor nas costas, problemas gastrointestinais, insônia e outros problemas de saúde podem ser sintomas físicos da Síndrome de Burnout.
Principais Tratamentos
O tratamento para a Síndrome de Burnout pode ser multifacetado e incluir mudanças no estilo de vida, terapia e medicamentos, ou apenas um ou outro método.
Os mais comuns incluem:
- descanso e autocuidado;
- psicoterapia;
- medicamentos;
- mudanças no ambiente de trabalho;
- apoio social.
Esses tratamentos podem ser personalizados de acordo com a situação e as necessidades individuais de cada pessoa, e é importante lembrar que a prevenção é fundamental para evitar a Síndrome de Burnout. Para isso, a principal indicação é manter um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal.
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