Nos últimos meses, temos vivido um turbilhão de emoções e sentimentos que nos fizeram repensar alguns movimentos e principalmente ressignificar nosso modo de pensar, agir e viver. Com a adoção do isolamento social em diversas partes do mundo, trazendo consideráveis modificações na vida de todos de maneira abrupta.
Crianças e adolescentes deixaram de comparecer as escolas. Alguns adultos perderam seus respectivos empregos, uns decretaram a falência em suas empresas, outros tiveram que se adaptar a uma nova forma de trabalho em home office. Idosos entraram em sinal de alerta por estar em um grupo de risco. Junto com todo o excesso de informação de um vírus novo, nos levando ao desequilíbrio mental desencadeando alguns distúrbios, como a depressão.
Como saber se tenho depressão? Tem alguma relação com o isolamento social? Possui tratamento? Vários questionamentos passaram a tomar conta da vida de muitas pessoas nesse período de medo da contaminação pelo COVID-19 e o enfrentamento do adoecimento mental.
No diagnóstico da depressão, podemos entender que se trata de uma doença caracterizada pela perda de prazer parcial ou total, rebaixamento de humor, tristeza profunda e um nítido sentimento de desesperança associado a angústias, baixa autoestima, medos, ideias suicidas, culpa excessiva, perda de energia, dificuldade de concentração, distúrbios do sono e apetite.
Com a pandemia e o excesso de informações, insegurança financeira, mudança do estilo de vida, perda da liberdade, instabilidade sobre o futuro, os indivíduos acabam não conseguindo assimilar as mensagens de maneira assertiva, elevando o nível de angústia e desencadeando a um estágio de adoecimento que pode ser levado a depressão.
Nos casos de pessoas que já tem o diagnóstico depressivo, com essas transformações pode ocorrer o agravamento do estágio atual, por conta da tendência a olhar as coisas com propriedade depressiva, por já estar em sofrimento psíquico.
O diagnóstico precoce é o melhor caminho para o tratamento que pode ser realizado por um psicólogo com sessões de psicoterapia e intervenções adequadas. Porém, em alguns casos se faz necessário, o psiquiatra, para acompanhar junto ao tratamento psicoterápico com o uso de medicação.
O tempo se tornou nosso aliado, porém, devemos tomar cuidado para não ser nosso inimigo. Nesse processo de adaptação, por isso é primordial para o tratamento uma rotina que pode incluir, atividades físicas, busca de alternativas que lhe ofereçam algum tipo de satisfação. Promoção de encontros virtuais com maior frequência possível e se dando a oportunidade de aprender e se ressignificar dia após dia. Cuide da sua saúde mental e não deixe ela ficar em quarentena.
