Desafios da coparentalidade após o divórcio com filhos adolescentes: estratégias para uma convivência saudável

Desafios Da Coparentalidade Com Filhos Adolescentes Após O Divórcio

O divórcio é uma transição emocionalmente desafiadora, e muitas vezes desgastante, para todas as partes envolvidas, especialmente para os filhos. No entanto, mesmo após a separação, é fundamental para o bem-estar das crianças que os pais estabeleçam uma coparentalidade saudável. 

Neste artigo, exploraremos os desafios comuns enfrentados pelos pais após o divórcio, além de destacar estratégias para promover uma convivência harmoniosa e a eficácia da terapia familiar nesse contexto. Boa leitura.

Como o divorcio impacta os filhos adolescentes?

O divórcio ou separação de pais pode ter um impacto profundo no desenvolvimento dos filhos adolescentes. Este evento, normalmente, os deixa divididos entre suas figuras parentais mais significativas, e essa situação gera grandes mudanças em suas vidas.

O afastamento de um dos pais, quando priva o adolescente de apoio e afeto, pode resultar em sentimentos de abandono e interferir de forma considerável em seu desenvolvimento. A separação dos progenitores acarreta mudanças emocionais profundas na vida do adolescente.

O impacto é sentido de forma intensa e gera sentimentos de angústia e desgosto. O adolescente se vê obrigado a reorganizar suas emoções diante da nova realidade, muitas vezes, enfrenta um processo de luto que tende a ser predominantemente depressivo.

Embora as consequências sejam, em grande parte, imprevisíveis, em alguns casos, a separação pode ser vista como uma saída positiva, especialmente para adolescentes que se sentiam em um ambiente hostil e repleto de conflitos constantes.

A cordialidade e o respeito são a chave para uma convivência saudável

Para um desenvolvimento saudável do adolescente, é vital que os pais mantenham cordialidade, compartilhem responsabilidades na educação dos filhos e garantam o direito da criança de conviver com ambos os pais.

A adolescência é uma fase sensível em que os filhos tendem a confrontar os problemas dos pais, ao manifestarem sentimentos de traição, ansiedade, angústia e, por vezes, revolta ou tentativas de proteger o pai ou mãe fragilizado.

É um período em que os pais deixam de ser vistos como seres perfeitos, e durante o divórcio, essa desidealização pode se intensificar. Os adolescentes podem confrontar os pais em relação ao abandono ou críticas à sua conduta, e isso torna ainda mais desafiadora a sua jornada de autonomia e amadurecimento.

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6 dicas para lidar com filhos adolescentes durante o divórcio

Para os adolescentes, enfrentar a separação dos pais tende a ser uma experiência desafiadora e emocionalmente complexa, por ser um momento de mudanças e ajustes difíceis. Mas existem maneiras de passar por esse período com mais compreensão e equilíbrio. 

Veja algumas orientações que podem ajudar a lidar com essa situação delicada:

1. Tenha uma comunicação aberta com seu filho

É essencial manter uma comunicação aberta com seus filhos. Incentive-os a compartilhar seus sentimentos acerca da situação e estejam dispostos a ouvirem sem julgamentos. O diálogo é fundamental para ajudá-los a processar as mudanças em suas vidas.

2. Mantenha a cooperação com o ex-cônjuge 

Tente manter uma relação pacífica com o ex-cônjuge. Evite falar mal um do outro na frente das crianças e foque em manter uma relação respeitosa. Isso proporciona um ambiente mais estável para os filhos.

3. Tente manter uma rotina estável

Mantenha as rotinas o mais consistentes possíveis. A estabilidade e previsibilidade ajudam os filhos a se ajustarem às mudanças, proporcionando-lhes segurança.

4. Respeite os sentimentos dos filhos

Reconheça e valide os sentimentos dos seus filhos. Eles podem estar confusos, tristes ou zangados. Demonstre empatia e ajude-os a compreender que é normal sentir-se dessa maneira.

5. Procure Apoio Profissional

Se necessário, busque a orientação de profissionais, como terapeutas familiares, para obter suporte emocional e orientação durante esse processo desafiador.

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O que é a coparentalidade e quais seus desafios?

A coparentalidade é um arranjo em que os pais separados ou divorciados compartilham a responsabilidade de criar seus filhos. 

Embora possa variar em termos de dinâmica e envolvimento, geralmente envolve uma colaboração ativa entre os pais para garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudável dos filhos. 

A coparentalidade visa manter a cooperação parental mesmo após o término do relacionamento amoroso. 

Veja quais são os 6 maiores desafios:

  1. Comunicação efetiva: manter uma comunicação saudável é fundamental, porém, pode ser desafiador, especialmente se o relacionamento entre os pais for tenso ou se houver dificuldades de diálogo.
  2. Tomada de decisões conjuntas: acordar sobre questões importantes, como educação, saúde e atividades extracurriculares, pode ser difícil. Divergências de opinião podem surgir e exigir um esforço extra para chegar a um consenso.
  3. Equilíbrio entre as responsabilidades: dividir responsabilidades de forma equitativa pode ser um desafio. Garantir que ambos os pais estejam igualmente presentes na vida dos filhos, especialmente se morarem separados, requer planejamento e cooperação.
  4. Lidar com emoções pessoais: gerenciar sentimentos passados, como ressentimentos ou mágoas do relacionamento anterior, pode interferir na capacidade de trabalhar em conjunto como pais. Isso pode ser um desafio emocional significativo.
  5. Adaptação a novos relacionamentos: a entrada de novos parceiros na vida dos pais pode gerar tensões na dinâmica da coparentalidade e demandar compreensão e respeito mútuos para evitar conflitos.
  6. Flexibilidade e comprometimento: manter-se flexível em relação a horários e compromissos, além de comprometer-se com as necessidades dos filhos, exige um esforço contínuo, especialmente diante de imprevistos ou mudanças na rotina.

A coparentalidade pode ser um caminho desafiador, mas é essencial para garantir um ambiente estável e amoroso para os filhos, mesmo com a separação dos pais. Superar esses desafios demanda esforço, compreensão e, sobretudo, o foco no bem-estar dos filhos.

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